50 anos do discurso "I Have a Dream" de Martin Luther King Jr., palavras vivas que ainda ecoam no vazio de nossas ações e retumbam nos estilhaços do espelho opaco de nosso ego.
Um sonho, ainda um sonho, de não "nivelar o outro" (como diria Kierkegaard) entre a "massa dos iguais", assim como de não rejeitar/desprezar o outro como indigno por não ser como eu - como penso, desejo, creio, imagino que "deveria" ser.
Um sonho em que a liberdade é o chão comum da unidade (com-unidade), em que um não deixar de ser quem é, e pode mesmo assim estar-com um outro que também é.
Um sonho de liberdade, o terreno fértil que germina o amor. Como diria Rorty - e que ouçam os inveterados "defensores da 'Verdade'" - "Cuidem da liberdade, que a verdade cuidará de si mesma".
Ontem mesmo, pela madruga, devo ter vibrado pelas ondas peremptórias da mensagem do Dr. Martin L. King Jr., e singelamente (sem lucidez da possível inspiração), pus-me a versejar o fragmento exposto no post logo abaixo - "Sonho Concreto".
Dedique um tempo para ler ou ouvir a mensagem de Luther King, viva e lute pela liberdade, pois somente nela o discurso do amor alcança sua verdade.
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ResponderExcluirVocê fechou com uma sentença e tanto... Mas revela uma utopia não? Esse amor libertário, de aparente despretensão... Devo acreditar então que você não partilha da ideia que o que amamos na verdade é o efeito que o outro nos causa, que assume inúmeras facetas, e não a pessoa em si?
ResponderExcluirPs. Veja só, distorci seu post sobre King, acabei falando do amor romântico...