Mentiras, todos mentem.
Ou quem sabe, nem mentiras nem verdades
Ambas se excluem, não precisamos de nenhuma delas.
Só contamos estórias que passamos a acreditar.
Só isso.
No final, ao cavar, batemos na pedra dura, dizia
Wittgenstein
Da qual nada pode-se dizer, da qual não se pode falar
a não ser sem sentido.
A única verdade é que somos livres
E toda liberdade é uma ilusão.
Pro inferno com a verdade.
Ao menos iludidos usufruindo a liberdade
Podemos criar mundos onde a bem prevaleça
O amor sempre vença
A justiça seja real
A igualdade oferecida
A pobreza aniquilada
A ignorância vencida.
Pro inferno com crenças baratas
Com poderes opressivos, ganância, violência, corrupção
Pro inferno com tudo isso
Quero contar uma estória de um mundo sem a mancha
fétida dessas palavras
Sem seu conteúdo nefasto.
Mentiras, todos mentem.
Mas escolho escutar mentiras que me promulguem a
liberdade
A justiça, a igualdade
Do que pretensiosas verdades que pisam nos outros e estreitam
a liberdade
Que pintam a maldade e apagam os nomes
Que tiram o pouco dos que quase nada tem.
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